Inimigos jurados... Destinados ao amor.
O barão Mathieu Fitz Autier esperava alguma resistência ao reivindicar o domínio saxão que conquistara em batalha.
Porém, jamais esperaria que a senhora daquelas terras tivesse coragem de enfrentá-lo... com uma flecha apontada para sua cabeça!
Lady Aelia vira seu mundo ruir quando os normandos tomaram seu amado lar.
E o pior: ela se sentia atraída por Fitz Autier, seu maior inimigo!
Ela não sucumbiria à paixão pelo implacável guerreiro, não quando era obrigada a se render a um normando.
Mas uma jornada por terras assoladas pela guerra testaria ambos muito além do que poderiam imaginar...
PARTES DO LIVRO:
"(...)Autier
era um guerreiro experiente e não se expunha. Seus movimentos eram poderosos e
controlados, sua perícia como cavaleiro, impecável. Mesmo assim, Aelia
vigiou-o.
E
então, no calor do combate, seu elmo se deslocou e ela viu que era um demônio
muito bonito. Mesmo daquela distância, notou os ângulos masculinos do rosto, as
linhas fortes do queixo. O cabelo escuro era longo para um normando e descia em
mechas sobre a testa, marcada por rugas de raiva... ou frustração.
Ergueu
o arco, mas sua pontaria foi perturbada por uma estranha tontura e um súbito
tremor que lhe sacudiu os ombros estreitos. Havia esquecido por completo a
previsão de sua mãe, feita muitos anos antes, mas quando a visão do guerreiro
normando lhe causou um forte calor que lhe percorreu o sangue e os ossos,
lembrou-se das palavras:
A terra se moverá e seu corpo
estremecerá com a percepção, quando vir pela primeira vez seu verdadeiro e
único consorte.(...)"
"(...)ele
era ainda mais formidável de perto. Era terrível de admitir, mas tinha medo
dele.
Achara-o
bonito de longe, mas agora que podia ver suas feições e os braços maciços e
peito nus admitiu que havia mais em Fitz Autier do que um rosto bonito. O nariz
tinha uma leve saliência, o que indicava que fora quebrado. Uma cicatriz fina
marcava sua testa e, a partir daquele dia, teria para sempre uma lembrança de
sua flecha na face.(...)"
"(...)—
Obrigado por vingar a morte de meu pai, senhor. Minha dívida para com você
aumenta.
Seria
melhor se o tivesse insultado ou saído da tenda para dormir do lado de fora.
Mas sabia que ele não deixaria, que amarraria suas mãos e tornozelos e a
prenderia a ele.
Ele
estava perto demais. Seus ombros ocupavam quase todo o espaço e Aelia se
lembrava de como seu peito era sólido e forte quando se recostava nele ao
cavalgarem, como seus braços musculosos a seguravam.
Era
seu inimigo, não devia sentir conforto com sua presença. Mas quando ele se
voltou para ela, o rosto perto demais, Aelia não conseguiu recuar. Não havia
espaço nem ela queria, especialmente quando ele lhe tomou o rosto nas mãos e
tocou seus lábios com os dele.
Tentou se lembrar do motivo por que isto era
impossível, mas não conseguia pensar, não com os lábios dele se movendo sobre
os seus. Ela suspirou e ele aprofundou o beijo, separando-lhe os lábios e
invadindo-lhe a boca, seduzindo-a(...)"
"(...)A
visão foi encantadora quando Aelia puxava a saia de lado para descer. Mathieu
não conseguia deixar de olhar, e uma visão dela sem as saias lhe surgiu na
mente. Convenceu-se de que precisava olhar para o outro lado, se queria evitar
a repetição do erro da noite anterior. Viera aqui apenas para garantir que ela
estava em segurança, não para seduzi-la.
Ela
desceu até o galho mais baixo e se sentou, os quadris no mesmo nível que os
ombros dele. Ele dominou o impulso de lhe passar os braços pela cintura e
ajudá-la a descer e se voltou quando ela pulou para o chão.(...)"
"(...)Ele
a puxou para seu colo.
—
Você tem uma boca maravilhosa.
Ela
tentou se levantar, mas ele a segurou com firmeza, debruçou a cabeça e a
beijou, um beijo delicado e doce.
—
Barão...
—
Mathieu. Meu nome é Mathieu. — sua voz era suave e sedutora e, quando lhe tocou
o queixo e as orelhas com os lábios, e traçou-lhe a linha do pescoço com beijos
intensos, ela mal pôde respirar.
—
M... Mathieu...
— É
um doce som em seus lábios. Muito melhor que o choque que sinto cada vez que a
vejo.
—
Choque?
—
Sim. — ele beijou um ponto particularmente sensível sob sua orelha — Quando a
vi pela primeira vez, senti o chão se mover sob meus pés.
— O
chão se moveu?(...)"
"(...)— Mathieu, você precisa parar...
— Não. Você é minha, jamais pertencerá a outro.
Um prazer intenso a dominou ao sentir seu toque,
ouvir suas palavras. Teria realmente sentido a mesma força de reconhecimento
que sua mãe previra, ou era apenas o delírio da bebida? Como poderia afastá-lo
se ele era realmente seu consorte?
— Cada vez que a vejo, é como se alguém
incendiasse meu sangue.
Ele a puxou mais para si e a beijou.(...)"
"(...)—
Não quero isto, normando!
—
Nem eu!
Ela
não o libertou. Com fogo nos olhos, puxou-lhe a cabeça e o beijou com uma
ferocidade que o fez perder a respiração. Ele virou a cabeça para aprofundar o
contato, sentindo o gosto de sua raiva e de sua paixão. Ele interrompeu o beijo
e encostou a testa na dela enquanto recuperava a respiração.
—
Você não pertence a nenhum outro, Aelia.(...)"
"(...)Ela
lhe cobriu as mãos com as suas e puxou-as para o peito.
—
Eu o amo. Quando o vi pela primeira vez, mesmo enquanto lhe atirava a flecha,
sabia que você mudaria minha vida. — tocou o corte em sua face — Sinto muito
por isto... e por...(...)"
"(...).Ela
lhe tomou as mãos e beijou cada palma.
—
Eu o amo, Mathieu. Você conquistou mais do que minhas terras quando foi a
Ingelwald. Você é senhor do meu coração, do meu corpo e da minha alma.
Ele
fechou os olhos e se inclinou, tocando-lhe a testa com a dele.
— E
você, Aelia... Eu a amo com tudo o que sou, com tudo o que espero ser.
Ele
se levantou e tomou-lhe a mão, erguendo-a. Quando lhe segurou o rosto com as
mãos e curvou-lhe a cabeça para beijá-la, Aelia soube que sua mãe estava certa.
Esta
senhora saxã reconhecera seu único e verdadeiro consorte à primeira vista.
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