quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Contrato de Casamento - Debbie Raleigh


Londres, séc. XIX  Um acordo de risco   
A vida de Molly era comum e rotineira, até ela receber uma notícia surpreendente: lady Woodhart, sua falecida patroa, determinara em testamento que sua fortuna seria dividida igualmente entre seu neto, o visconde Woodhart, e Molly... com a condição de que eles se unissem em casamento! Se um dos dois deixasse de comparecer à cerimônia, o que estivesse presente ficaria com tudo. Molly não tinha intenção de se casar com Hart, mas se recebesse aquela quantia fabulosa poderia, entre outras coisas, ajudar o irmão a reconquistar sua posição na sociedade. Além do mais, ela estava convencida de que seu "noivo", que sempre a acusara de ser uma caçadora de fortunas, não se apresentaria para a oficialização do matrimônio. Mas o acaso, fez Molly descobrir em Hart um oponente ferrenho, e no seu coração um desejo cada vez mais intenso por aquele homem tão atraente e irresistível... 


Gosto das seguintes passagens:

"(...)Anthony Elkington, visconde Woodhart, conhecido pelos amigos como Hart, era uma força a ser respeitada na melhor das circunstâncias. Não era apenas alto, mas forte, com aquela postura imponente dos soldados. E ele também havia sido abençoado com uma impressionante beleza. Testa larga, cabelos abundantes e negros e olhos da mesma cor compunham um conjunto que, aliado à força física, emprestavam ao nobre um ar de invencibilidade.(...)"


"(...) — Hart — murmurou desanimada.

— Boa noite. — Elegante, ele segurou sua mão e levou-a aos lábios para um beijo prolongado. — Posso dizer que está particularmente deliciosa esta noite?
— O que faz aqui?
Casualmente apoiado contra a coluna, o visconde cruzou os braços e sorriu.
— O que faria qualquer noivo fascinado. Deleito-me com o calor do sorriso de minha adorada. Ou melhor, tento deleitar-me. Não é exatamente generosa com seus sorrisos, minha querida.
— Se quer criar uma cena...
— Uma cena? Não sou eu quem está erguendo a voz como a mulher de um pescador.
Molly fechou a boca e olhou em volta. Os convidados os observavam com atenção e curiosidade, mas Hart não se surpreendia com isso. Durante algumas semanas, nenhum dos dois seria capaz de sair de casa sem atrair a atenção dispensada a artistas de circo. O noivado misterioso provocava a curiosidade maledicente da sociedade. E quando se comportavam como dois lunáticos, em vez de adotarem a conduta de gente normal e equilibrada...(...)"

"(...)Molly considerou dezenas de diferentes desculpas para evitar o encontro com Hart. Infelizmente, nenhuma delas era boa o bastante para escapar do próprio noivo.
Talvez uma doença? Algo contagioso e capaz de assustar até o mais determinado cavalheiro? Um súbito vermelhão ou algumas bolhas inflamadas? Uma febre?
No final, ela acabou concluindo que Hart jamais acreditaria nisso. Mesmo que estivesse a um passo da morte, ele desconfiaria de alguma trapaça para enganá-lo. Era inútil. Não escaparia do noivo sem revelar que estava apavorada.
Pronta para sair, Molly deixou a segurança acolhedora do quarto e desceu ao salão principal. Mais uma vez, uma súbita onda de desconforto a tomou de assalto. Não era surpreendente. Não depois da noite anterior.
Habituara-se ao desdém de Hart. Deus sabia que o suportara frequentemente ao longo do último ano. Mas, na noite anterior, ele se mostrara sedutor, charmoso e inteiramente viril. Uma combinação potente capaz de fazer tremer as pernas de qualquer donzela. Até mesmo uma donzela consciente de que tais atenções eram apenas mais uma etapa no esforço de afugentá-la.(...)"

"(...)A gargalhada cortou o ar frio do parque. Molly teve de reconhecer que a beleza do visconde era única. Seja era atraente quando estava zangado e ressentido, quando ria... Oh, quando ria ele se tornava irresistível!(...)"

"(...)Molly parecia calma, mas, enquanto passeavam pelo parque, Hart podia notar seu nervosismo em pequenos gestos. O fato de também estar nervoso e até sofrer pequenos tremores sempre que a mão dela se movia sobre seu braço... Bem, esse era um contratempo com o qual não contava e que tentava ignorar.
De qualquer maneira, já se conformara com a desagradável realidade. Molly Conwell era uma mulher, e ele era um homem. Um homem viril. Era inevitável que a proximidade despertasse certas sensações.
Respirando fundo e enchendo os pulmões com o ar perfumado de lavanda, Hart preparou-se para a batalha. Não seria uma sedução, mas a guerra!(...)"

"(...)O visconde a beijou, e Molly soube que seu sonho se realizava, afinal. O destino a brindara com o final feliz tão desejado por todas as mulheres: um homem encantador, atraente e sedutor, um nobre... e ele a amava! O que mais podia esperar?
— Oh, Hart, eu o amo com todas as forças de meu coração(...)"

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Bjs e uma boa leitura...