terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

2 - O CÉU EM SEUS BRAÇOS - Ruth Langan





Grant precisava de Kylia para descobrir quem era o traidor que estava infiltrado dentro de seu clã, que colocava a todos em risco. Ele foi ao Reino Mitológico, sobreviveu a uma emboscada e conseguiu convencê-la a acompanhá-lo e a ajudá-lo. A jornada vai aproximá-los enquanto escapam aos perigos da jornada, mas os segredos do clã que Grant tanto queria descobrir poderiam separá-los




BOX


ZIDDU

PARTES DO LIVRO


"(..) Após muitas horas de caminhada torturante, Grant vislumbrou uma leve luminosidade à frente. Finalmente, suspirou de alívio ao sair da floresta, mas o reflexo do sol nas águas diante dele quase o cegou.
- O Lago Encantado - abismado, murmurou o nome que ouvia desde a infância.
Só podia ser, pois a água brilhava como se estivesse cheia de diamantes e safiras. Com as mãos em concha, apanhou um pouco e bebeu-a. Era a água mais fresca e deliciosa que já tinha bebido. Quando olhou para os dedos, viu que as gotas brilhantes permaneciam neles. Mas em véz de água, eram pedras preciosas, faiscando sob a luz do sol. Brilhantes translúcidos e safiras de um azul prateado. Fascinado, enrolou-as num pedaço de linho que enfiou no bolso junto à cintura.
Ao ouvir o ribombar de um trovão, olhou para cima. Então deu-se conta que não era um trovão, mas sim o rugir do dragão que vigiava o lago. A criatura emergiu devagar da água, avultando-se, cada vez maior e mais perto, até exceder o tamanho dos rochedos do lado oposto do lago. O corpo, coberto de escamas, era mais comprido do que qualquer barco. O monstro abriu a boca e a língua agitou-se para fora, seguida de labaredas de fogo. A fim de escapar de ser queimado vivo, Grant protegeu-se na água rasa da praia.
Sentiu um calor intenso passar sobre a sua cabeça e, horrorizado, viu a fera a vir na sua direcção. O seu primeiro pensamento foi o facto de jamais ter enfrentado um oponente tão assustador. Durante as batalhas, ele tinha estado muitas vezes em desvantagem numérica e tinha sido forçado a lutar até quase não lhe restar mais energia. Porém, acreditara sempre possuir reseras secretas de forças para vencer. Desta vez; a sua coragem ia ser extremamente testada.
Desembainhou a espada e foi em frente, determinado a vencer não só o monstro como também o seu próprio medo.
Apoiando a cauda, o dragão inclinou-se um pouco para trás. Uma pata enorme atacou-o. Por uma fracção de segundo, Grant vislumbrou as garras afiadas que poderiam cortar um homem às tiras com uma única pancada. Desviou-se para o lado, mas sentiu uma dor aguda do ombro ao cotovelo. Atordoado, ajoelhou-se por um momento enquanto o sangue corria, manchando-lhe a manta axadrezada e tingindo a água do lago. A espada escorregou-lhe da mão. O dragão usou aquele instante para se virar e enrolar a cauda à volta do seu corpo, prendendo-lhe os braços. Levantou- o no ar e, devagar, começou a apertá-lo, tirando-lhe a vida.
Grant mal conseguia respirar e, enquanto a pressão no peito aumentava, ele começava a ver estrelas a dançar diante dos seus olhos. A cauda gigantesca balançava de um lado para o outro, atordoando-o ainda mais. Ele sabia que em breve perderia a consciência. Embora já não contasse com a espada, ainda tinha o punhal no cano da bota. Levantou o pé até a ponta dos dedos tocar no cabo da lâmina. O suor caía-lhe da testa ao mesmo tempo que, devagar, ia puxando o punhal. Rapidamente, conseguiu segurá-lo com firmeza e pôs-se a cortar metodicamente o corpo com escamas que o prendia. Já com o primeiro corte, sentiu o peito expandir-se o suficiente para respirar melhor. Com os seguintes, percebeu que começava a libertar-se. Deu mais uns quantos golpes e, então, viu que caía pelo ar até atingir a água. Afundou-se e imaginou que, depois da luta terrível, acabaria por morrer afogado. Mas, então, sentiu a areia sob os pés e percebeu que estava à beira-mar. Endireitou o corpo e viu, a poucos passos fora do lago, a espada caída.
Grant mal teve tempo de correr e pegar nela, pois o dragão vinha novamente na sua direcção. Sabia que não teria forças para lutar muito tempo e achou melhor mudar de táctica. Em vez de se defender, resolveu atacar. Com a velocidade de uma seta, correu para entre as patas dianteiras do monstro, ergueu o olhar e viu o pulsar poderoso em cima da própria cabeça. Segurou a espada com as duas mãos e, com toda a força de que dispunha, enterrou-a no coração da fera.
O dragão caiu para trás, com os olhos fixos no sol, enquanto um rugido ecoava pelos céus. A água tingiu-se de vermelho ao mesmo tempo que ele se afundava vagarosamente.
Grant cambaleou até à praia e deitou-se para acalmar a respiração ofegante. A água do Lago Encantado ondulou e borbulhou por algum tempo com um ruído estranho que acabou por desaparecer. Quando ele se sentou, o único sinal do dragão era a água vermelha de sangue, que brilhava como se estivesse cheia de rubis.(...)"
"(...)Deitado imóvel, Grant absorvia vários sons e odores diferentes. Um murmúrio de vozes suaves, um riso alegre e melodioso como música. O perfume delicioso das urzes e o odor estimulante de carne temperada com ervas a ser assada.
Com os olhos fechados, ele esperava pela dor que, tinha a certeza, voltaria. Devagar, mexeu-se um pouco. Percebeu que estava deitado num colchão macio de penas e, estranhando a ausência da dor, tocou no braço ferido com a mão. Não sentiu dor nenhuma. Também não encontrou sangue, ligaduras ou cicatriz. Atónito, arregalou os olhos para ver onde estava e o que se passava.
- Então, finalmente resolvestes voltar para nós?
A deusa ajoelhou-se ao lado da cama. Uma faísca de reconhecimento brilhou na mente dele.
- Eu lembro-me de vós. Estáveis na praia, quando eu saía do lago. Mas não me lembro do que aconteceu depois disso.
O seu riso cristalino repercutiu-se no ar.
- Nada mais natural, pois desmaiastes e caístes na areia. Como eu não consegui fazer-vos recuperar a consciência, chamei a minha familia para me ajudar. (...)"
"(...)Grant levantou-se, deu a volta à mesa e, de cabeça baixa, ajoelhou-se ao lado de Kylia.
- Curastes as minhas feridas, milady. Agora, suplico-vos que salveis o meu povo de grandes sofrimentos, revelando-me o nome do meu inimigo.
Kylia apercebeu-se de que a família a observava. Porém, ela só conseguia ver aquele homem, um lorde poderoso, guerreiro, que numa atitude de humildade se ajoelhava aos seus pés, implorando um favor que só ela poderia conseguir.
Pôs ambas as mãos no rosto dele, uma de cada lado, e forçou-o a levantar a cabeça para olhar para dentro dos olhos dele. Sentiu um choque ao vislumbrar a tristeza dentro deles. Já não tinha visto a infelicidade deste homem muitas vezes, desde que era criança? No fundo do coração, acreditava que ele fora predestinado a vir até ao seu reino, da mesma forma  que ela também o tinha sido a aguardá-lo ali.
- O vosso sofrimento comove-me profundamente, lorde MacCallum. Gostava de me esforçar ao máximo para descobrir o nome da pessoa que o trai.
Ele pegou nas suas mãos e beijou a palma.  
- Agradeço-vos muitíssimo e espero a vossa  revelação.
Ao sentir o toque dos lábios de Grant napele, Kylia abriu muito os olhos e forçou-se asuportar a onda de calor que lhe percorria o corpo inteiro.
- Percebestes mal. Não posso simplesmente olhar para os vossos olhos e ler as respostas a todas as vossas perguntas. Só existe uma maneira de eu descobrir o vosso inimigo.
- E qual é?
- Unicamente olhando para os olhos dele.(...)"
"(...)- Obrigada, milorde - agradeceu Kylia, com um sorriso tão cativante que lhe disparou o coração.
Talvez fosse por causa do sorriso. Ou pela perspectiva de chegar a casa em breve. Ou ainda pela vontade de a beijar desde a primeira vez que a vira. Fosse qual fosse o motivo, ele curvou a cabeça e roçou os lábios nos seus.
A intenção de Grant era não passar de um toque suave, algo tão leve quanto o bater das asas de uma borboleta. Mas, no instante em  que as bocas se tocaram, tudo mudou.
A carícia provocava mais do que uma simples onda de calor. Chamas vorazes percorriam-lhe as veias, fazendo o sangue latejar nas têmporas enquanto ele saboreava a sua doçura.
Uma sensação indescritível fluiu entre eles, assustando Grant como nunca nada o fizera antes. O simples contacto com os lábios de Kylia deixou-o atónito e surpreendido.(...)"


Comentários:


  1. Olá Kathllen Kristine,  obrigada amiga por mandar todos os livros da Trilogia : Irmãs Drummond. Adorei, bjs

    Postei algumas partes do livro para dar um gostinho de quero mais..... rsrsrsrsr



    1. Muito bom! ADOREI este e o segundo livro! Maravilhosos! bjo
      Ludmila

4 comentários:

  1. Eu Gostaria de ler o livro, Conquista Audaz da Jude Deveraux.

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  2. Olá! Poderiam me mandar os livros desta trilogia (Irmãs Drummond)por e-mail? Não consigo baixar! ludmila_aranha@hotmail.com.
    Obrigada desde já!
    Ludmila.

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  3. Muito bom! ADOREI este e o segundo livro! Maravilhosos! bjo

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  4. num li essa serie ainda , mas ta salvo aqui no meu pc kkkkkkk tenho tantos q nem sei onde enfiar , mas até onde me lembro a serie nao esta toda traduzida, é uma pena , eu odeio serie incompleta , eu odeio nao saber do resto do personagens

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Bjs e uma boa leitura...